quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Despertar

Há alguns dias atrás, eu senti o peso da solidão por sobre meus ombros e digo, não foi nada fácil. Olhar para si mesmo e para sua vida, percebendo que nada do que você imaginou para si mesmo tornou-se realidade, é um momento extremamente difícil em que todos, em algum momento de sua vivência, devem passar. Tenho certeza de que terei algum momento desses novamente, afinal ainda não passo dos vinte e um anos e minha vida, espero, será longa. No momento eu gostaria de agradecer a alguns amigos que realmente me animaram naquele momento, que não descansaram enquanto não conseguiram um sorriso em resposta as suas piadas sem graças. Amigos que usaram o dom da palavra me fazendo perceber o quanto eu estava errado e que afinal existia uma solução. Não citarei os nomes, o reconhecimento será dado através de um poema que explica como eu me sinto agora.



Dentro da noite que me cobre,
negra como as profundezas, de um pólo a outro,
agradeço aos deuses, se é que existem,
pela minha alma indômita.


Nas garras ferozes das circunstâncias,
não me encolhi, nem fiz alarde do meu pranto.
Golpeado pelo acaso, minha cabeça sangra mas não se curva.


Longe deste lugar de ira e lágrimas,
só assoma o Horror da sombra.


Ainda assim, a ameaça dos anos,
me encontra, e me encontrará sempre, destemido.


Não importa quão estreita seja a porta,
Quão profusa em punições seja a lista.

Sou o mestre do meu destino.
Sou o capitão da minha alma.


Renato Vasconcelos



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